Depois de mais 12 voos nesta última viagem, com paragens em locais tão longínquos como as capitais da Argentina e Chile e respectivas Patagónias, uma terra ao qual chamam o Fim do Mundo e ainda a um dos locais mais isolados do planeta, a lha da Páscoa, serve este post para encerrar este conjunto de Paragens e ao mesmo tempo comemorar a minha 20ª travessia do Atlântico. Acabei agorinha mesmo de fazer.
Apesar da certeza de que à medida que aumenta o número de voos que faço, aumentar também a possibilidade de ter um acidente aereo e com isso acabarem de vez as minhas paragens por esses lugares do mundo. Quero aqui deixar claro, que não vou desistir e correr o risco de mais tarde dizer ou escrever o que Jorge Luiz Borges escreveu em "Instantes".
Quem não sabe, procure!
Eu vou mesmo tentar estar mais à frente.
Apesar da certeza de que à medida que aumenta o número de voos que faço, aumentar também a possibilidade de ter um acidente aereo e com isso acabarem de vez as minhas paragens por esses lugares do mundo. Quero aqui deixar claro, que não vou desistir e correr o risco de mais tarde dizer ou escrever o que Jorge Luiz Borges escreveu em "Instantes".
Quem não sabe, procure!
Eu vou mesmo tentar estar mais à frente.
1 comentário:
Para os mais preguiçosos aqui deixo o que o Jorge refere
INSTANTES
"Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito,
relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido.
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico,
correria mais riscos,
viajaria mais.
Contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas,
nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvete e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida: claro que tive momentos de alegria.
Mas se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Eu era um desses que nunca ia à parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente e um pára-quedas:
se eu voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo."
Jorge Luiz Borges
Sem dúvida, algo que nos faz realmente pensar na vida que levamos...
Muito bonito, babe.
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